Não é relevante
saber o que penso quando tudo o que eu queria não existe mais.
Se o desejo é o que
move o homem, qual o lugar de um homem sem desejo algum?
As coisas se
estagnaram de uma maneira tão fugaz e permanente que
Permaneço em minha
constante inércia
O vazio de lugar algum
jamais denominado.
Apenas a desesperança
de um novo momento de inspiração
Dado a resultados
medíocres e hipócritas da minha própria ordinarice
Me envergonho por
não olhar adiante.
Um abismo separam as
emoções das ações no mundo concreto.
Sonhos que já não se
formam mais devido a falta de fonte
A criatividade se
tornou uma prisão da mente e da alma
E a solidão uma
distância real.
O que fazer quando se
quer expressar uma ausência de tudo?
Um vácuo de
expectativas mesmerizadas pela descrença de um ideal,
De uma meta ou de uma
recompensa em troca de um sentido para acordar
Ou quando tudo o que
se encontra é um sentimento doentio de anestesiamento?
A alma de um
entorpecido é transparente ou opaca?
A apatia resultante da
introspecção é real ou passageira?
E quando nem o desejo
de morte é mais promissor?
Quando o desejo de
acordar ou dormir se torna inexistente?
Quando, de fato, morremos internamente e a loucura se faz presente?
Os meus sentimentos se
tornam irrelevantes quando eu não anseio pelo amanhã.
Quando não tenho
vínculos para manter, ou ainda,
Quando esses vínculos
são temporais e insignificantes.
O pensamento de um
indolente é linear e pragmático.
Mas se o indolente é
otimista em sua descrença total pelo futuro
O que isso significa?
Não há pessoas nesse mundo que te compreendam e que te escutem
Não há pessoas nesse mundo que te compreendam e que te escutem
Mas você está ai,
gritando internamente com as paredes mentais.
Sua resistência em
absorver novos sentidos é notável e problemática.
Sua personalidade
irrepreensível e irredutível é defeituosa
Assim como sua
perspectiva de produtividade da vida... Mas para a vida de quem?
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